Quem eu encontrei



Caminhei muito pouco, trilhei aventuras seguras e algumas nem chegaram a produzir de fato medo, ou qualquer tipo de sensação experimentada por qualquer turma de escoteiros. Permeio então as poucas fronteiras que atravessei neste tempo de vida, acredite não foram muitas. Mas a vida é composta por novidades, sempre. Todas produzem efeitos diversos, alguns traumas irreparáveis, contudo sempre nos reserva boas doses de alegria.

Dentre tudo que acreditei, e acredito, não por interesse ou por qualquer desejo psicótico, mas pela vocação, aprendi a gostar e admirar pessoas quis e ainda quero aprender admirar quadros, uma boa música, anseio gostar da natureza e sua beleza, mas me limito em me esforçar a tudo isso, por isso aprofundo meus sentimentos com base nas pessoas, e por elas escrevo agora.

Encontrei muita gente, mas existem algumas que são marcantes, exuberantes e trágicas, como alguns amigos de adolescência e inicio da juventude, são eles parecidíssimo com nós mesmos, incrível que não só no estilo de vida, mas também na forma de pensar, mas conforme o tempo passou eles ficaram diferentes, me entristeci em saber que eles mudaram, queria eu da maneira que eles sempre foram, suas habilidades eram outras, se afunilaram com o tempo, e eu, os julguei doentes. Por outro lado me deparei com os incontroláveis e estranhos, defino essas pessoas como aquelas que fazem o que querem, quando e como querem, só tem um problema, gerador de outros vários, a consequência, que nem sempre era o esperado, geravam conflitos sociais, abismos existenciais e profunda tristeza na alma, e eu os julguei possessos. Apeguei-me ao simples fato de viver, e nesta linha reta, sem altos e baixos encontrei os frustrados, são ótimos de relacionamento, não possuem grandes ambições, alguns nem carregam esse desejo com eles, e os que carregaram certamente em algum momento bateram com a cara no muro, são eles responsáveis por toda passividade e pessimismo natural da vida, mas eu inclemente os julguei medíocres.

Diante de tantos encontros e desencontros posso concluir que “Conheci pessoas diferentes e julguei doentes, conheci pessoas estranhas e julguei possessas, conheci pessoas frustradas e julguei medíocres. Mas no meio do julgamento, olhei para os lados, e em todos os lados do tribunal, só vi espelhos.” Enfim, todo julgamento é precipitado e totalmente aliado àquilo que nós somos.

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